A expressão da proteína p16 e herpes simples vírus tipo 2 em lesões pré-neoplásicas e neoplásicas do colo do útero / Immunohistochemical expression of p16 and herpes simplex virus type 2 in squamous intraepithelial lesions and cervical cancer

OBJETIVO: demonstrar a expressão de biomarcadores, detectados por técnicas de imunohistoquímica, em tecidos sadios, lesões pré-neoplásicas e neoplásicas do colo do útero. MÉTODOS: para avaliação da reatividade imunohistoquímica de tecidos do colo do útero ao p16 e ao herpes simples vírus tipo 2 (HSV-2), foram avaliadas 187 amostras de lesões intra-epiteliais de baixo grau (LIE-BG) e lesões intra-epiteliais de alto grau (LIE-AG) e carcinoma do colo do útero, e comparadas com grupo de pacientes sem lesões no colo uterino. A análise estatística foi realizada pelo teste do chi2 para tendências. O nível de significância foi de alfa=0,05. RESULTADOS: foi avaliada a reatividade ao p16 com a seguinte distribuição: grupo sem lesão no colo do útero: 56 por cento (24/43), LIE-BG: 92 por cento (43/47), LIE-AG: 94 por cento (43/46) e câncer: 98 por cento (46/47) (p<0,001, tendência linear). Com relação ao HSV-2: grupo sem lesão no colo do útero: 27 por cento (12/45), LIE-BG: 58 por cento (22/38), LIE-AG: 78 por cento (35/45) e câncer: 59 por cento (29/49) (p<0,001, tendência linear). Foi observado aumento na proporção de reatividade para os dois marcadores entre os grupos controle, LIE-BG, LIE-AG e câncer do colo do útero (p<0,001). Não houve diferença significativa, quando comparamos apenas os grupos LIE-BG e LIE-AG entre si. CONCLUSÕES: FOI VErificado um aumento progressivo nas taxas de reatividade aos marcadores de imunohistoquímica estudados, com a severidade das lesões.

PURPOSE: to demonstrate the expression of biomarkers, detected by immunohistochemical techniques in healthy tissues, as well as in preneoplastic and neoplastic lesions of the uterine cervix. METHODS: in order to evaluate the immunohistochemical reactivity of tissues from the uterine cervix to p16 and to type 2 herpes simplex virus (HSV-2), 187 samples of low-grade intraepithelial lesions (LG-IEL) and high-grade intraepithelial lesions (HG-IEL), and of uterine cervix carcinoma were compared with a group of patients without uterine cervix lesions. Statistical analysis was done by the chi2 test for trends. The significance level was alpha=0.05. RESULTS: the reactivity to p16 was assessed showing the following distribution: group without uterine cervix lesions: 56 percent (24/43), LG-IEL: 92 percent (43/47), HG-IEL: 94 percent (43/46), and cancer: 98 percent (46/47) (p<0.001, linear trend). Concerning the HSV-2: group without uterine cervix lesions: 27 percent (12/45), LG-IEL: 58 percent (22/38), HG-IEL: 78 percent (35/45), and cancer: 59 percent (29/49) (p<0.001, linear trend). There was an increase in the reactivity ratio for the two markers in the pathological groups (LG-IEL, HG-IEL and uterine cervix cancer, at p<0.001) compared to controls. There was no significant difference between the LG-IEL and the HG-IEL groups. CONCLUSIONS: a progressive increase of reactivity ratios of the studied immunohistochemical markers as a function of lesion severity was observed.

[Immunohistochemical expression of p16 and herpes simplex virus type 2 in squamous intraepithelial lesions and cervical cancer]. / A expressão da proteína p16 e herpes simples vírus tipo 2 em lesões pré-neoplásicas e neoplásicas do colo do útero.

PURPOSE: to demonstrate the expression of biomarkers, detected by immunohistochemical techniques in healthy tissues, as well as in preneoplastic and neoplastic lesions of the uterine cervix. METHODS: in order to evaluate the immunohistochemical reactivity of tissues from the uterine cervix to p16 and to type 2 herpes simplex virus (HSV-2), 187 samples of low-grade intraepithelial lesions (LG-IEL) and high-grade intraepithelial lesions (HG-IEL), and of uterine cervix carcinoma were compared with a group of patients without uterine cervix lesions. Statistical analysis was done by the chi2 test for trends. The significance level was alpha=0.05. RESULTS: the reactivity to p16 was assessed showing the following distribution: group without uterine cervix lesions: 56% (24/43), LG-IEL: 92% (43/47), HG-IEL: 94% (43/46), and cancer: 98% (46/47) (p<0.001, linear trend). Concerning the HSV-2: group without uterine cervix lesions: 27% (12/45), LG-IEL: 58% (22/38), HG-IEL: 78% (35/45), and cancer: 59 % (29/49) (p<0.001, linear trend). There was an increase in the reactivity ratio for the two markers in the pathological groups (LG-IEL, HG-IEL and uterine cervix cancer, at p<0.001) compared to controls. There was no significant difference between the LG-IEL and the HG-IEL groups. CONCLUSIONS: a progressive increase of reactivity ratios of the studied immunohistochemical markers as a function of lesion severity was observed.

Antibiótico profilático em cirurgia ginecológica / Prophylactic antibiotic in gynecologic surgery

Os autores fazem uma revisao sobre muitos aspectos ligados ao uso de antibióticos profiláticos em histerectomia. Através de um estudo no Hospital Sao Lucas envolvendo 504 casos de pacientes submetidas a histerectomia no período de cinco anos, concluem, por dados estatísticos, que a administraçao de antibiótico profilático deve ser uma prática rotineira em histerectomia.

Cancêr de endométrio: diagnóstico e estadiamento cirúrgico / Carcinoma of the endometrium: diagnosis and surgical staging

O carcinoma de endométrio é a neoplasia do trato genital feminino mais freqüente nos países desenvolvidos e tem aumentado em freqüencia no Brasil. A identificaçäo de fatores de risco e o desenvolviento de métodos de screening permite um diagnóstico precoce, o que aumenta as chances de cura. O estadiamento é realizado cirurgicamennte e permite ampla avaliaçäo da disseminaçäo sistêmica da doença

Perspectivas atuais no manejo da endomitriose / Recent advances in the management of endomietriosis

A endometriose e analisada em seus aspectos de etiopatogenia, importancia, frequencia, formas clinicas, doencas associadas e sintomas. Com base nas informacoes mais recentes, sao discutidos aspectos imunologicos ligados a endometriose. Sao relatados os progressos diagnosticos e os avancos no tratamento clinico e cirurgico

Sobre a prevençäo do câncer ginecológico e mamário

A atitude preventiva do câncer ginecológico e mamário deve ser abrangente, nos entido de procurar, usando todos os meios disponíveis, evitar o processo de cancerizaçäo ou interromper a evoluçäo de uma lesäo sabiamente pré-maligna. Assim, o autor enfatiza que prevençäo näo é a simples realizaçäo de alguns exames, em consultas periódicas. Prevençäo será identificar fatores de risco para determinado tumor será dar tratamento especial para as pacientes portadoras de alto risco, será evitar os fatores reconhecidos com predisponentes para desenvolver um câncer, será corrigir fatores predisponentes que existam e, finalmente, será diagnosticar, tratar e controlar as lesöes pré-malignas. A conduta preventiva deve ser, pois, uma posiçäo filosófica em que o médico usa sua arte e sua ciência para tentar evitar, dentro das possibilidades atuais, o aparecimento de um tumor maligno nos órgäos genitais ou nas mamas

Radicalidade da mastectomia e o pequeno peitoral

Foram analisados 118 casos de sucessivos de pacientes portadoras de carcinoma de mama e submetidas e mastectomia radical com linfadenectomia e conservaçäo dos músculos peitorais. Avaliou-se a distribuiçäo etária das pacientes, a sua situaçäo hormonal, o tempo decorrido entre o primeiro sintoma e a primeira conssulta, o estádio clínico, as complicaçöes cirurgicas, o tempo de drenagem, o tempo de hospitalizaçäo e o número de gânglios linfáticos retirados. Os resultados mostram que a mastectomia conservadora de ambos os músculos peitorais, mesmo executada em estádios mais avançados (estádio 2 em 43,2%; estádio 3 3m 34,7% dos casos) apresenta baixos índices de complicaçöes (9,8%), tempo de hospitalizaçäo até uma semana em 86% dos casos, com drenagem por aspiraçäo inferior a 6 dias para 91,7% das pacientes, além de permitir a retirada de gânglios linfáticos na mesma média que cirurgias mais agressivas, como a de Patey e a de Halsted (21,81 gânglios)